Gardênia Zumaêta (UEFS – BA) |
Laseres e adesividade |
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O principal desafio da moderna odontologia adesiva é melhorar a qualidade da adesão dentinária e aumentar a longevidade das restaurações poliméricas. O desenvolvimento de técnicas operatórias e de materiais odontológicos nos últimos anos tem promovido um melhor entendimento do substrato dentinário. A despeito da variedade de sistemas adesivos disponíveis comercialmente e dos avanços tecnológicos nos preparos cavitários, problemas como percolação, sensibilidade pós-operatória e microinfiltração marginal fazem parte da rotina clínica. A introdução do laser de Er:YAG para preparos cavitários mudou o conceito de adesão dentinária uma vez que, o aspecto morfológico dos tecidos irradiados é bem diferente daquele obtido com alta rotação. A maioria dos estudos sobre aquecimento tem mostrado que a energia do laser de Er:YAG é absorvida pela água com insignificantes danos térmicos aos tecidos. Outros autores discordam, mostrando uma subsuperfície dentinária alterada, com fibras fusionadas, aparentando ter perdido a união, eliminando os espaços interfibrilares. Se a rede de fibras colágenas colapsa, peptídeos colágenos tendem a formar pontes intermoleculares de hidrogênio, conectando peptídeos vizinhos, contribuindo para aumentar o colapso da rede, causando encurtamento das fibras e impedindo, consequentemente, uma hibridização adequada. Parece claro que o uso do laser de Er:YAG para procedimentos restauradores requer um protocolo especial para obter uma melhor adesão à dentina. Este estudo pretende discutir a qualidade dos tecidos duros dentais após irradiação com laser de Er:YAG enfocando energia, alterações químicas, aspectos morfológicos, sistemas adesivos e técnicas de fotoativação.
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