Thereza C.C. Ladalardo (Unifesp-SP)

Laserterapia na Hipersensibilidade Dentinária

A hipersensibilidade dentinária é predominante em grande parte da população com índice de prevalência em indivíduos com idade compreendida entre 30 e 40 anos. O estímulo nociceptivo comumente relatado na maioria dos casos é o frio, seguido do estímulo mecânico do ato da escovação e do estímulo químico da dieta com alta concentração de açúcar.

Os fatores mais comuns responsáveis pela hipersensibilidade dentinária são: abrasão, provocada pela escovação com intensidade inadequada; abfração, provocada pela flexão do dente em função de forças oclusais mal dirigidas, hábitos parafuncionais ou desequilíbrio oclusal; erosão, por efeito de ácidos na cavidade oral; predisposição anatômica devido a uma deficiência estrutural na junção esmalte-cemento; preparos cavitários em dentes com vitalidade pulpar que expõe a dentina, como também o condicionamento ácido dentinário indevidamente controlado.

Com o advento da tecnologia do laser e seu crescente uso em odontologia, mais uma opção terapêutica se faz presente para o tratamento da dor dentinária.

O mecanismo neurofisiológico do controle da dor após irradiação com laser é decorrente da interferência na condução do impulso nervoso, havendo supressão da propagação nas fibras aferentes não mielinizadas, como também, evidências de formação de dentina terciária, promovendo a obliteração fisiológica dos túbulos dentinários.